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Lucca Genovesi, com seu filme "A Luz Incidiu Sobre Nós Como a Pálida Noite", chega com a disposição nítida de quem não tem tempo a perder. Paixão. Obsessão. Cinema. Caminho sem volta para toda a vida. Lucca procura uma fusão indistinguível entre seu eu e a câmera. Entre a sua realidade e a arte que germina a cada tentativa.

"A Luz Incidiu Sobre Nós Como a Pálida Noite" foi finalista nas categorias Melhor Direção De Arte Para Curta Experimental e Melhor Cinematografia Para Curta Experimental, no Experimental Brasil 2023.

1. Seu filme A Luz Incidiu Sobre Nós Como a Pálida Noite foi selecionado para entrar no nosso festival. Poderia falar um pouco sobre ele?

O filme é um curta-metragem, que foi desenvolvido como TCC do curso de Bacharelado em Audiovisual, no SENAC.

2. Como funciona o seu processo criativo?

Eu não tenho um processo criativo pré-estabelecido. Eu trabalho com o que tenho em mãos.

 

3. Por quê cinema experimental?

Nunca defini nenhum rótulo para meu cinema. Eu não acredito que ele seja, propriamente, experimental. Mas que, talvez, experimente com elementos clássicos estabelecidos e minha interpretação pessoal deles.

4. Quais as suas metas dentro do cinema? Até onde você quer chegar?

Tenho um longa-metragem em processo de produção; mas ainda não sei onde quero chegar. O que eu mais me preocupo é poder continuar me expressando, até a morte.

5. Como você vê o presente e o futuro do cinema brasileiro?

O cinema brasileiro é o mais espasmódico do mundo. Talvez, defini-lo seja perda de tempo.

 

6. Qual o seu conselho para quem quer fazer cinema no Brasil?

 

Uma câmera na mão e uma obsessão na cabeça.

7. Como você vê o cinema atual que chega ao grande público no Brasil?

Eu tenho certa dificuldade em entender qual é a linha que delimita "o grande público", em relação a "outro público". Para mim, Cinema é o que é exibido em tela, na sala escura. Não acompanho números de bilheterias e não me preocupo com eles; Não por um desprezo, mas por acreditar no espectador mais como um expoente de um diálogo, que um mero indivíduo passivo diante de uma projeção. O "Cinema de grande público" geralmente apela para o contrário; E isso não é, em si, um problema. Todos nós buscamos refúgios anímicos á nossa maneira. E o Cinema, no geral; mesmo o mais "popular", tem esse apelo. Talvez o problema não seja o "cinema que chega ao grande público", mas sim nem todos os Cinemas chegarem á todos.

8. Como tem sido a repercussão do seu filme? Tem valido a pena?

Tem sido uma repercussão um pouco tímida e contida. "Valer a pena" é relativo, já que meu primeiro impulso nunca foi esse, ao fazer meu filme. Eu queria contar um sentimento através da linguagem e o fiz; não me importa muito o restante.

9. Talento, esforço ou sorte? O que conta mais?

Obsessão.

10. Qual seu cineasta preferido? Por quê?

Pergunta capciosa. Meu interesse pelo Cinema é e sempre foi multifacetado. Então acredito que não haja um autor que reúna todas as possibilidades nas quais eu acredito que o Cinema possui.

11. Quais os seus cinco filmes preferidos de todos os tempos?

Meu interesse pelo cinema é também episódio e espasmódico. A resposta dessa pergunta, hoje, não será igual amanhã e nem a ontem. Posso, então, responder quais os filmes que assisti recentemente que tenham me despertado algo.

Tár (2022)

Memoria (2021)

Luz nos Trópicos (2020)

Blonde (2022)

Solmatalua (2022)

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